Em 25 de outubro de 1994 foram assinados dois convênios de cooperação
técnico-científica, entre a UNEB - Universidade do Estado da Bahia e a PMS -
Prefeitura Municipal de Salvador. Estes convênios tiveram como objetivo a
transferência da tecnologia do solo cimento monolítico através da construção de
um galpão de reciclagem de lixo e assessoria à comunidade para a construção das
casas e módulos sanitários em mutirão.
Os documentos foram resultado da participação do THABA no projeto AISAM
II a convite do Comitê Gestor Conjunto, em agosto de 1993, representado pelo
professor Luis Roberto Santos Moraes da UFBA - Universidade Federal da Bahia.
Este comitê atuava como fórum de decisões e de implementação das ações do
projeto e foi composto por representações da Associação dos Moradores Unidos de
Baixa do Camurujipe, Associação da Fonte da Bica de 27 Baixo e Adjacências,
UFBA, FNS - Fundação Nacional de Saúde, SRHSH - Secretaria de Recursos
Hídricos, Saneamento e Habitação, SESAB - Secretaria de Saúde do Estado da
Bahia, SMS - Secretaria Municipal de Saúde, LIMPURB - Empresa de Limpeza Urbana
de
Salvador e SEMIN - Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana.
Os recursos para o projeto AISAM II, oriundos do Ministério do Bem-Estar
Social através do Programa Habitar Brasil, contemplaram a realização de obras
de saneamento, infra-estrutura e compra de materiais para construção de 124
casas e 74 módulos sanitários. Conforme previa o programa, os recursos foram
gerenciados pela PMS.Em 05 de janeiro de 1995 iniciaram-se os trabalhos de
campo referentes ao convênio do galpão de reciclagem de lixo.
Os meses de dezembro de 1996, janeiro, fevereiro e março de 1997 foram
dos mais intensos do mutirão, pois pela primeira vez a comunidade tinha sob seu
controle todos os materiais para conclusão das casas. Nesse período
priorizaram-se os serviços que utilizavam a mão-de-obra da equipe operacional,
como fundação, levante, cobertura, esquadrias e instalações, ficando a parte de
acabamento – chapisco, reboco, contrapiso, piso e pintura – para a família
executar, como acordado em seminário.
A quantidade de famílias trabalhando dobrou em relação ao ano anterior,
e o número de mutirantes que já contribuíam trabalhando como pedreiros era bem
maior que no início da obra. Para esses membros, foi aprovada uma ajuda de
custo a ser paga pelo Núcleo de Estudos do Habitat O Projeto AISAM II e os
trabalhos do mutirão se encerraram em meados de abril de 1997, tendo sido
construídas e reformadas 124 casas, incluindo os acabamentos.
A programação inicial previa a conclusão em outubro de 1996. A defasagem em
relação ao cronograma físico ocorreu por problemas relativos ao fornecimento
dos materiais, fato que na época desencadeou um forte processo de mobilização
da população frente à prefeitura. O projeto beneficiou, na Baixa do Camurujipe,
628 pessoas diretamente, membros das famílias participantes do mutirão, havendo
trabalhado na obra 236 pessoas pertencentes a estas famílias.
Período de urbanização
Período de urbanização
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