segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MULTIRÃO NA BAIXA DO CAMURUJIPE-SÃO CAETANO

Em 25 de outubro de 1994 foram assinados dois convênios de cooperação técnico-científica, entre a UNEB - Universidade do Estado da Bahia e a PMS - Prefeitura Municipal de Salvador. Estes convênios tiveram como objetivo a transferência da tecnologia do solo cimento monolítico através da construção de um galpão de reciclagem de lixo e assessoria à comunidade para a construção das casas e módulos sanitários em mutirão.

Os documentos foram resultado da participação do THABA no projeto AISAM II a convite do Comitê Gestor Conjunto, em agosto de 1993, representado pelo professor Luis Roberto Santos Moraes da UFBA - Universidade Federal da Bahia. Este comitê atuava como fórum de decisões e de implementação das ações do projeto e foi composto por representações da Associação dos Moradores Unidos de Baixa do Camurujipe, Associação da Fonte da Bica de 27 Baixo e Adjacências, UFBA, FNS - Fundação Nacional de Saúde, SRHSH - Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Habitação, SESAB - Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, SMS - Secretaria Municipal de Saúde, LIMPURB - Empresa de Limpeza Urbana de
Salvador e SEMIN - Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana.
Os recursos para o projeto AISAM II, oriundos do Ministério do Bem-Estar Social através do Programa Habitar Brasil, contemplaram a realização de obras de saneamento, infra-estrutura e compra de materiais para construção de 124 casas e 74 módulos sanitários. Conforme previa o programa, os recursos foram gerenciados pela PMS.Em 05 de janeiro de 1995 iniciaram-se os trabalhos de campo referentes ao convênio do galpão de reciclagem de lixo.

Os meses de dezembro de 1996, janeiro, fevereiro e março de 1997 foram dos mais intensos do mutirão, pois pela primeira vez a comunidade tinha sob seu controle todos os materiais para conclusão das casas. Nesse período priorizaram-se os serviços que utilizavam a mão-de-obra da equipe operacional, como fundação, levante, cobertura, esquadrias e instalações, ficando a parte de acabamento – chapisco, reboco, contrapiso, piso e pintura – para a família executar, como acordado em seminário.

A quantidade de famílias trabalhando dobrou em relação ao ano anterior, e o número de mutirantes que já contribuíam trabalhando como pedreiros era bem maior que no início da obra. Para esses membros, foi aprovada uma ajuda de custo a ser paga pelo Núcleo de Estudos do Habitat O Projeto AISAM II e os trabalhos do mutirão se encerraram em meados de abril de 1997, tendo sido construídas e reformadas 124 casas, incluindo os acabamentos.

A programação inicial previa a conclusão em outubro de 1996. A defasagem em relação ao cronograma físico ocorreu por problemas relativos ao fornecimento dos materiais, fato que na época desencadeou um forte processo de mobilização da população frente à prefeitura. O projeto beneficiou, na Baixa do Camurujipe, 628 pessoas diretamente, membros das famílias participantes do mutirão, havendo trabalhado na obra 236 pessoas pertencentes a estas famílias.




                      Período de urbanização

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