"Pegavamos água no riacho que descia
onde hoje é a descida da Baixa do Camurujipe.Esse riacho era o rio
Camurujipe,rio de águas cristalinas e saborosa,quando minha mãe lavava as
roupas branca ficava alva como coco.Nessa descida era uma fazenda cujo nome não
lembro ,mas sei que o dono era doutor Adilson,homem generoso e diexava que a população pegasse
água no riacho que cortava a fazenda”.
Terezinha Alves Cruz,67 anos.(Foto meramente ilustrativa Google imagens)
Dos grandes
rios que cortavam a cidade no sentido oeste-leste, nenhum deles oferece
condições de balneabilidade e piscosidade, muito menos de potabilidade.
Tomar banho ou beber de suas águas é altamente arriscado para
a saúde. O maior deles, o Camurugipe, percorre 14 quilômetros,
desde a sua nascente, em Boa
Vista de São Caetano, até a foz, na Praia do Costa Azul, num
trajeto de intensa poluição, causada, principalmente, por despejos dos esgotos
residenciais de dezenas de favelas que existem dos dois lados de suas margens.
O Camurugipe
já foi um dos principais mananciais de abastecimento de água da cidade, até a
década de 70, quando o último dos seus diques, o do Calabetão/Mata Escura, foi
fechado, por ter se transformado em uma imensa bacia de esgotos.
“O Rio Camurujipe era limpo por
demais! Tinha até peixe, lavavamos roupa com essa água que servia para tudo em
casa.Saiamos todos os dia às 5 h da manhã para pegar água na Fonte da Bica ou
na Fonte das Pedreiras”. Maria Marta
Barbosa dos Santos,72 anos.
O Rio Camurujipe hoje 2011.
Fonte da Bica
Hoje transformada pelo homem.
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